quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Estou amarrado ás correntes que estão presas a grandes pilares... Pilares tão fortes que me canso de me mecher e tentar me libertar. Nesse momento, meu quartinho escuro é fraco em relação à minha prisão. Estou sufocando...
As portas estão todas abertas ao meu redor, mas eu sequer consigo me libertar. Eu sou um barquinho à deriva no oceano de almas. Todas minhas palavras escritas estão espalhadas ao vento... Mas tenho escitas em mim todas elas... O meu corpo acaba se tornando meu papel e eu sou minha poesia triste. Sou livre? Posso me sentir assim. Mas estou preso... Ao mesmo tempo, acabo me rendendo e me quebrando em milhoes de pedações... Milhões de poemas... Juntar os cacos dessa vez vai demorar, pois cada pedaço de mim está traçado para sofrer novamente toda a dor, o poema está em mim, eu sou o poema.

Sozinho não sou capaz de nada: necessito da minha dor para escrever... necessito do meu fantasma para lembrar que já fui feliz... precisei do meu forasteiro para reavivar a chama... e agora preciso de algo ainda não conhecido para reunir meus cacos e seguir, mesmo sabendo que vou desabar quando me senti completo e não sei sequer se vou viver  mais uma queda... A realidade é que sequer sei se vou me reestruturar diante do abandono do meu forasteiro.

Estou amarrado ao meu imaginario... Ao meu Empório de Sonhos... Meus poemas, minhas aventuras, meus abandonos, meus delirios, minhas paranóias... Sou o poeta preso num mundo de sonhos quebrados... Caminhando acorrentado numa alameda de sonhos estragados, perseguindo um sonho perfeito que está enterrado com o meu coração...

Um comentário:

  1. E eu, lendo... e lendo... estou sempre lendo, poeta. E reafirmo o que já foi dito: nunca te deixarei! E não, eu não sou O forasteiro, para quem pensar.

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