sábado, 12 de novembro de 2011

Cheiro de lavanda... Meu quartinho escuro... O Poeta jamais deveria ter saído dele, seja há 8 anos atrás, quando ele perdeu a alma, seja hoje, quando ele despertou de sua última viagem. O Poeta não é e não pode ser compreendido pois aquilo que ele sente é extremamente mais profundo do que o demais das pessoas consideradas normais.

O simples fato de acordar para alguns pode parecer tão autimático... Mas o Poeta vê belezas e tristezas invisíveis nisso... Acordar para ele pode ser um novo início... Uma nova chance... Mas ao mesmo tempo é a tristeza de todos os dias sentir a dor da ausencia de seu coração e de sua alma... É a certeza de que seu Fantasma e se Forasteiro vão assombrá-lo todos os dias. O Poeta não foi feito para ser compreendido, sequer pelos seus genitores... Sou Poeta e não um adivinho...

Hoje o Poeta sangra, sangra pelas lagrimas que não pode e jamais poderá derrubar, sangra pelos seus poemas que deveriam estar cheios de vida, sangra pela alma que foi-lhe retirada, pelo coração que foi-se-lhe retirado e pelo sal jogado na ferida do buraco em seu peito. Acabo de ser mais uma vez traspassado, a incompreensão de tudo o que sinto e sou é muito grande. O Poeta se lança sobre o seu altar e mais uma vez sangra... O buraco em seu peito parece cada vez mais aumentar. Uma nova poesia ele escreve em seu corpo, desta vez, de forma mais dolorosa do que as outras... Esse é o preço que pago por ser um Poeta.

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