domingo, 29 de janeiro de 2012

Queria poder dizer que tudo passou, e nada de ti em mim restou, mas estaria sendo mentiroso e caindo em um placebo do sempre estive, pensando sentir algo de novo. Mas não, a cada dia a marca de saudades de ti fica cada vez mais forte em mim, para tudo tem que haver um fim.
 Me pego envolto do desespero, e clamando por desapego. Não penso e outra coisa, não respiro mais nada e estou afundado nas minhas lamurias. queria enterrar tudo isso na mais densa floresta, onde os passaros cantam para o sol que está nascendo... Mate-me, suprima todas as lembranças que tivemos, e que compartilhamos, ou que apenas eu compartilho comigo mesmo nesse momento. Faça as minhas algemas me sufcarem e arranarem-me a vida que flui pelo meu corpo desenhado e rabiscado com essas palavras, não se demore em fazer isso, venha logo, bata sobre mim com sua lamina curva e leve-me nos seus braços finos e sua capa escura, deixe-me ver seu rosto e não temer, anjo negro, deixe-me beijar-te, sentir o gosto podre que sai de sua boca e me enebriar da dor que já levou o meu Fantasma para o seu ventre. Deixe meu corpo fluir pelo rio frio que guia pela agonia eternal daqueles que ficaram.
 A dor é tão grande que pensar em outras coisas fica dificil demais, ainda mais para um poeta, que está morrendo.

sábado, 14 de janeiro de 2012

Se estende sobre minha cabeça o véu negro da noite. Mais do que nunca penso em meu Forasteiro, tenho agora sua marca bem dolorida em minha pele. As palavras para ele ardem como chamas. Estou estendido sobre meu altar, com o sangue escorrendo pelos meu dedos, sim, cada gota cai no chão e me dói. Cada sorriso falso que lancei nos ultimos meses me doem e quase me cegam diante da falta que você me faz.
 Tenho a vontade de invadir o que jamais deve ser invadido, é uma divisão dentro de mim mesmo. Jamais quero passar por isso novamente: amar-te e ao mesmo tempo odiar-te, esse ultimo está sendo impossivel para mim, sou tolo, conforme sangro, novas partes a respeito de ti são rasgadas na minha pele, e eu quero demais que isso cesse, no entanto, endureceste vosso coração para com minha pessoa.
 Estou acorrentado, sim, correntes em meus braços: a dor e a agonia de não ser teu me puxam e a alegria de viver sem ti competem nesse jogo de força. Doloroso e andar pelas mesmas ruas que andamos, e dia após dia lembrar a promessa que jamais foi cumprida: "Isso significa que gostei de ti e que voltarei" Promessa que jamais será paga e que jamais deleitarei novamente. Dizes tanto que me quer bem, mas se o bem que eu desejo não me deseja? Prefiria nesse momento morrer a sentir a dor que sinto.
 As minhas feridas em forma de letras estão inflamadas, choro de joelhos na chuva por um retorno, me sacrifico para te deixar de lado, no entanto, quanto mais isso eu faço, maior fica a inflamação, atingindo meus ossos e causando uma dor infinita. Meus sorrisos vazios para o mundo exterior, mas estou infinitamente quebrado por dentro. O silencio se tornou meu amigo, minhas lagrimas viraram meu refugio e meus poemas transformaram-se na mais amarga das emoções que um homem pode viver. Já não sinto meu ser viver, apenas rastejar pelos cantos contando os dias em que sua sentença será aplicada.

sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Dor.

O forasteiro, que me faz a alma sangrar e ferver pelo coração que um dia tive.... Se ao menos eu sobresse o que queres de mim... Estou a sangrar, nem mesmo os anjos suportam minha lamuria. Chove lá fora, meus sonhos estão encharcados e totalmente vazios...
 Se realmente quer algo comigo, por favor, mostre-me, senão, desapareça... A unica coisa que me traz à alma é dor. Não quero pertencer a essa escuridão e confusão eterna que tornaste minha amaldiçoada vida. Os poemas em meu corpor ardem só de pensar e pronunciar no teu nome. Venha, abra meu peito e coloque de volta o que uma vez bombeou sangue para meu corpo... Aquilo que sofreu ao lado do fantasma... Me faça completo novamente. Estou vazio... Estou sozinho... E assim permanecerei por um longo tempo, contra a minha vontade.
 La fora chove sangue, o mesmo sangue que eu derramo todas as noites quando penso em ti, e o mesmo sangue que pinta a minha pele com meu melancolico cantar. O sangue que sai do meu pulso cortado, o sangue que sai dos meus olhos no lugar das lagrimas. Queres ser tão certo diante dos olhos daquele que chamas de Deus, mas não quer aceitar o quanto me fizeste sofrer... Preferiria morrer a ter que passar por isso. Devolva-me meu coração ou arranque-me a vida.

segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

Sadness\Emptiness

 Sentado à beira da janela vejo os fogos iluminando os céus, caindo como cascatas e fazendo o barulho ensurdecedor dos meus pensamentos serem comparados a uma sinfonia. Me vejo sufocado, vendo as pessoas aos pares felizes. Lembrar que já fui feliz assim, por uma semana.
 O forasteiro mantem contato e isso está me rasgando ao meio, tenho medo de suas ações e das suas consequencias. Queria apenas não estar mais vivo diante desses acontecimentos que me servem apenas como a cicatriz após um longo ferimento. O forasteiro me diz que endureceu o seu coração, e que eu acabei por abandoná-lo por dois meses... Como podes ser tão egoista? Roubaste meu coração, endureceste o teu e eu o abandonei?
 Lanço sobre mim as cinzas... Não tenho motivos para comemorar a minha inutil existencia por mais este longo ano, não tenho razão para me alegrar diante de tanta falta de esperança e ausencia de cores reais nos meus quentes e conflitantes dias.
 Já faz tempo, mas a sua amrca está ainda aqui, eu poderia seguir a vida normalmente, mas não o fiz, ela parou assim como o meu mundo e minha imaginação. Não tenho mais olhos nem cabeça para outro. Os cenarios lindos estão pintados de sangue.