segunda-feira, 14 de novembro de 2011

 Os céus cinzentos e mau-humorados, o mar agitado e alguns pingos... Onde estará o meu farol? A luz que vai me guiar a um porto? Só vejo isso... Definitivamente, estou solitário num mundo insano, sim, sem anjos redentores ou parentes mágicos com a finalidade de me guiar. Isso... sou um caso perdido. Gostaria de chorar e dizer que tudo o que aconteceu ficou para trás... Mas nem disso sou capaz, sou um poeta inútil.

 Jamais terei meu coraçã de volta, nem minha alma. Estou condenado a levar uma vida fria e vazia. Não havendo redenção, nem sequer algo em que eu possa me segurar. Todos são substituíveis, não importa o que você sinta em relação a outros. Amei o Forasteiro, dediquei cada pedaço meu para ele, e ainda assim, o que eu disse e fiz por ele se mostrou não ser o que ele queria. Mas o egoismo dominou... Onde eu fiquei nessa história? Sim, sem coração.

 Estou rastejando em busca de um farol, a fim de desembarcar em um porto seguro... Mas não, minhas feridas, na tentativa de apagar os poemas de meu corpo estão abertas, e elas choram. A dor é realmente um processo que alimenta a minha criatividade. Minha vida está afundando nesse mar, e eu preciso rapidamente de um farol.

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