sábado, 26 de novembro de 2011

Somente sonhos...

 O cheiro de lavanda novamente, estou aqui, fechando meus olhos... Diante de toda a escuridão que me cerca e dor ar gelado da minha solidão. Sim, mesmo diante da escuridão fecho os meus olhos, e saio de mim... Sim, voo para fora daquilo que chamamos de mundo real, e libero minha mente para outros mundos, outras pessoas, para o meu imginário... Outros personagens... Uma perspectiva totalmente diferente da qual todos estamos acostumados a viver... Sim, saio de minha torre, veho minha cama, o telhado, as ruas, as arvores diminuindo, as pessoas virando formiguinhas, o vento se encontrando com meu corpo, meus cabelos esvoaçantes...
 Sempre vejo o Fantasma à beira do cais, molhando os seus pés no vasto mar de lembranças que cultivamos... sim, o relógio de sol, o cheiro do mar, a nossa cesta com a toalha vermelha quadriculada. Senhor Fantasma sei que me olhas e sorri, e eu te retribuo o sorriso... As coisas deveriam estar assim, e sempre te procuro para matar a saudade que surge diante de mim quando penso diretamente a ti. Esse é o mundo só meu e teu. Onde todos os dias, quando o sol se põe eu vou ter contigo e quando o sol nasce volto para a minha rotina. Momentos tão preciosos...
 Posso escolher em ver tudo, as pessoas, parar na beira do penhasco mais alto, da montanha mais fria e ver o céu todo cheio de estrelas, os rios lá embaixo com pinheiros por perto... A casinha de madeira toda fechada co neve no telhado... Aaah como eu gosto de ir para lá... O calor da lenha queimando na lareira... Ouvir as corujas e os lobos fazendo corais para a lua... Isso me tráz tanta paz...
 Gosto das nuvens, passar entre elas, sentir que elas não tem peso algum, serem umidas e algumas até mesmo sem humor algum, mas elas estão lá no céu, plainando sobre as nossas cabeças...
 Começa a dar a hora de retornar, e a volta pode ser doce, voltando tudo de forma gradativa, como posso cair, cair como se fosse me estatelar ao chão e me quebrar, mas quando chego lá, acordo no escuro.

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