segunda-feira, 14 de novembro de 2011

 Sufocado... A respiração se torna cada vez mais difícil, as travas em meus pulmões estão e apertando cada vez mais e a dor nas minhas feridas também. A escuridão do meu quartinho está entrando em mim e eu não tenho mais nada ou ninguém que me impeça de que isso aconteça. A Adrenalina Escura começa a fazer o efeito... Ela explode a escuridão de dentro para fora, tirando do controle de qualquer cidadão a capacidade de enxergar que tudo pode mudar, e ja estou certo disso. Sou apenas a vida solitária de um Poeta que falhou em seu ultimo poema.

 Está anoitecendo, esfriando, as ondas batem nas pedras e se espalham em milhões de partículas assim como eu me espalhei em milhões de pedaços de poemas tristes e lembranças estragadas. Por favor, acabe comigo, oh lamuria! Extingua essa chama negra dentro de mim, que me consome e me quebra constantemente. Cansei de ouvir os placebos de sempre: "Ainda não encontraste o prometido certo..." ou "Não chegaste a vossa hora..." NÃO! Não existe pessoa certa, ou hora certa... São  tentativas, nada é predestinado ou escrito e antemão. Temo quando avisto novos barcos em meu horizonte, jamais saberei se são nobres ou piratas... Quero abrir o frasco mais letal do meu Empório, mas ainda assim, sei que decepcionaria o meu Fantasma e traria uma grande tribulação para ele.

 Lembro-me do meu Amaranto, plantado naquele enorme campo branco, o unico ponto vermelho naquela imensidão... Uma flor que representa a imortalidade... Mas não quero ser eterno, ser eterno em minhas condições é sinonimo de infelicidade e insatisfação eterna. Estou condenado!  Amarram-me os grilhões da tristeza, e seus elos são feitos de luto e suas algemas de agonia.

 Tento me libertar, ms meu peito arde, o sal me consome e as minhas feridas sangram, escorrem pelo meu corpo todo o sangue derramado e vai se tornando mais poemas tristes, como se fossem um diario da minha eterna melancolia. Cada lembrança com o Fantasma é um retrato que queima, molduras vivas de um passado feliz, de quando eu ainda era vivo. Preciso esvaziar a minha mente, deixar que ela flua e fique aberta paa novas oportunidades, mas meu Fantasma e meu Forasteiro não querem sair dela! Desejo que meus dias sejam encurtados... Talvez isso seja melhor do que eu sinto agora.

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