quarta-feira, 9 de novembro de 2011

(Sobre)vida

Uma facada perto de um coração vazio pode doer... Mas o coração continua a doer, ainda mais me dói a ausencia dele. Maldito forasteiro!

Em meus braços agora doloridos, a dor do meu coração ausente está se igualando. O buraco de onde o meu coração foi retirado está com sal... e arde... me consome... Vejo agora pedaços de mim espalhados por todos os lados... Minhas palavras grudadas às pessoas... Sendo o apego e o desapego... Sabendo sempre que há, mas nunca sei o que há!


A dor fisica e emocional são tenues, ms o coração doi mais... A respiração quase corta... Não quero mais me deitar nos montes para contemplar as estrelas nas noites quentes e imaginar o que há na regente da noite. As minhas noites agora são enevoadas e nubladas.

Não quero mais abrir meus olhos no horizonte a espera de novos navios... O maximo que vejo são os prisioneiros pendurados nas grutas e botes despedaçados. Sonhos que jamais verei se concretizar. Estou preso à realidade do mundo que criei para mim. Maldito forasteiro! Maldito fantasma! Malditos causadores da minha existencia! Estou preso àquilo que ha na minha essencia... Minhas fraquezas, eu resisto a elas... Quer ceder... MALDITO FORASTEIRO!

Continuar respirando se mostra uma arte.. Continuar vivendo é uma labuta... Uma alma solitária perdida num oceano de outras almas... Sou apenas um poeta morto para o mundo... Quero me levantar e ter meu lugar ao sol, quero me dar uma razão para dizer que sou poeta e mostrar ao mundo minha arte e minha vida... Mas o que sou? Sou apenas um poeta morto... Sem coração que tira virtude de minhas próprias fraquezas... O forasteiro está a ser feliz em outros navios... O fantasma jaz eternamente em minhas memorias quebradas... E eu sou o poeta que sobrei... Que tem o brilho infantil no olhar... Que tem o dom da escrita em seu sangue respingado por todos os cantos em forma de palavras em um papel... Mas não é capaz de se encontrar e ser feliz...

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