sexta-feira, 11 de novembro de 2011

E o poeta era jovem... Jovem e inexperiente... Seus amigos eram inocentes e dentre eles um se destacava por ser o Fantasma. Dentre vinhos e mentes ocupadas, o poeta se cansou. Dormiu e acordou com o fantasma ao seu lado, com o olhar cheio de esperança... Era um poeta cheio de vida... O poeta tinha alma e coração.

O tempo passou e o poeta entregou sua alma ao Fantasma... Um vínculo de amizade mais estreito do que se fossem irmãos. O Fantasma é mais velho que o Poeta, mas o respeito que ambos derivam por granjear a amizade era muito grande. O Fantasma ensinou o Poeta a ir para longe, para outros lugares sem ter que sair de seu quartinho escuro... ensinou que existe mais do que aquilo que o mundo e seus tutores haviam ensinado... - Ah como me é agradável sentir a chuva caindo na janela do meu Empório...

O Fantasma teve que passar uns tempos em sua prisão... Mas a falta era algo presente nele com relação ao Poeta. O Poeta fazia seus poemas ao Fantasma que, por sua vez fazia planos. Após um ano, o Fantasma volta para o Poeta. Em tom de preocupação e pela primeira vez que o poeta vira um Fantasma assustado, com ar de dor e muito pesar. O Fantasma em 6 luas iria voltar de onde ele havia saido... Sua alma teria finalmente o descanso.

Naquela manhã, ao despertar, o Fantasma pediu ao Poeta um abraço... um afago caridoso e doce, para 'iniciar de forma perfeita o dia'. O Poeta, abraçou seu amigo, e em questão de instantes, o Poeta estava totalmente só... Todas as lembranças e toda aquela vida haviam se convertido num sonho... Uma realidade que jamais seria novamente. Na ideia fracassada de aliviara dor, o Poeta tomou a decisão de escrever em si seus poemas, seu corpo sendo o papel e seu sangue, o seu nanquim.

A alma do Poeta se foi junto ao Fantasma... A sete palmos, jaz a alma do Poeta... Apenas sobrou-lhe o coração por aquele momento... Porém, do Poeta hoje, não lhe sobra ao menos o coração.

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