quarta-feira, 9 de novembro de 2011

O Quartinho Escuro

Cá estou no meu quartinho escuro preso em meus pensamento e meus sentimentos... Sim, sentimentos: a forma mais chula do ser humano externar o esteriótipo de coisas como o amor, a raiva, a tristeza e a alegria. No meu quartinho escuro só tem eu e a melodia que inspira a criação de textos como esse. Sim, a melodia está presente em tudo no meu dia a dia... Esteve presente quando eu nasci, quando chorei, quando sangrei, quando me apaixonei e estará presente quando eu morrer.

Neste quartinho escuro, respirar dói, pois o diafrágma se enche de ar, mas não o bastante e a respiração fica curta. Meus olhos, apesar de estar no escuro ardem... Ardem pela rejeição, pela mentira e pelo sentimento ao qual não consigo mais expressar. Sim, estou calejado, os efeitos do chamado emocional não se manifestam mais apenas por um baixo astral, e sim fisicamente. É como se afogar numa piscina: você se bate, a água entra no seu pulmão, o nariz arde, os olhos mal conseguem abrir e você vai sufocando l e n t a m e n t e .

Palavras como "amor-próprio" e "auto-valorização" não pertencem à minha lista, não estão no meu vocabulário... Sequer sei como iniciar esse processo que parece ser tão doloroso e tão difícil... Agora a escuridão do meu quartinho já me domina... Não existe mais luz que esteja no alcance do meu olhar e a sinfonia negra já está em auto som aos meus ouvido... Tomando conta de tudo... A respiração ta mais dificil agora, é como se abrissem o buraco no meio do seu peito, tirassem seu coração e atassem um lacre em seus pulmões... Os olhos ja não derramam mais lágrimas e o olhar se mostra inexpressivo. Já está escuro... O quartinho escuro que é a minha mente está se apagando aos poucos... Se apegou à mentira, se deleitou nela, foi um placebo, uma amostra do que você seria se o destino, o acaso ou o cosmo não fosse tão cruel com você. Um nó na garganta... Faz os olhos marejarem enquanto o artista tece a sua obra com delicadeza, destreza e tamanha frieza, mas é como aquela onda que acaba na praia e a terra absorve...

Abriram um buraco no meu peito e me arrancaram o coração, aplicaram a Adrenalina Escura nas minhas veias, lacraram meus pulmões, fecharam e jogaram sal na minha ferida. Agora carrego uma bomba relógio no lugar do meu coração. Carrego a dor, o pesar e toda a desgraça daquilo que não pude controlar. As lágrimas que já não possuo mais estão enclausuradas a sete palmos num túmulo, já por cinco anos e meu coração jaz nas mãos de um forasteiro já por uma semana...

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