quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Vazio, oco, nada...

 Um espaço com ausências, sem ruídos, sem objetivo e ausência total de substantivos. Tudo é branco, cheiro de chuva, mas não há nuvens e céu ali, nem coisa alguma.
 Desperto onde tudo é branco, nem mesmo o vento ousa soprar por ali. Suspenso sobre o nada, me projeto para frente e logo fico em pé. Estou no nada, no vazio... Assim como eu por dentro: vazio. Vazio como as lembranças que um Forasteiro me deixou, assim como meus olhos lentamente ficaram. Mas estou pronto para ser preenchido novamente.
 Infelizmente algumas coisas tem que passar por nossas vidas, com a finalidade de nos fortalecer, nos fazer mas frios e nos ensinar valiosas lições. Bom seria se não tivessemos que passar por tais experiências, mas temos que passar por elas e nos esvaziar por um tempo.
 Sorrir sem ter a vontade de sorrir, chorar, sem ter nós na garganta, ser frio sem a necessidade de gelar alguém... Simplesmente por estar vazio. As pessoas podem não entender isso, pois somente você sabe o que está sentindo... Ignore-os, sorria friamente... Deixe-os com a interrogação!
 Há coisas que apenas um poeta e sua infinita sensibilidade, apesar de ser um mero mortal, pode traduzir em palavras... Palavras que poder ser frias, mas carregadas de significados, sentimentos e vida!

 Toco o chão, estou no Empório... Com parte daquilo que pode ser o meu sonho mais letal, uma pequena parcela... Desisti de tentar usufruir dele, do vazio.

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