quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Oco

É vazio... O poeta esvaziou sua alma e seu coração. Ele não tem mais tipo algum de amor ou sonho.
Ele deu sua alma pelo infermo e seu coração para o enganador, ficou sem nada para si.
O Poeta, dizem seus conhecidos, é alguém muito bom. Mas o poeta na se ve assim. O poeta é amargo, é frio e suas ideias são suas decepções. Sua criatividade vem da sua propria derrocada, da sua tristeza, da sua queda...

Os mundos que o poeta cria são vazios de vida, faltos de amor, são apenas palavras espalhadas e programadas para uma tentativa falida e pífia de o poeta se expor, mostrar o que sente. As páginas se enchem, mas o poeta permanece sem alma e coração.

O poeta jamais será feliz, ele jamais voltará a sorrir, jamais terá um coração para chamar de seu e lhe dar vida, é apenas mais um corpo sem alma que vaga no seu dia a dia, apenas mais um fantasma na noite que não dorme, apenas mais um no meio da multidao. O poeta é a pessoa de ninguem... Ele sofre, mas em silencio. O poeta teme ser reconhecido pelo seu desvio daquilo que esperam que ele seja.

O poeta ja nao tem mais esperança, seus poemas são todos tristes, sua prosa é murcha e seu espirito está em constante queda. Todas as formas de escapismos ja foram tentadas... E o poeta vive sozinho no seu Emporio de Sonhos, sonhos que um dia ja foram dele, mas nunca se concretizaram.

Ele quer ser feliz, quer ter uma razão para isso... Dizem que sua poesia é motivo dele ser feliz consigo mesmo, outros dizem que ele ainda tem que ver as coisas de forma diferente... Mas apenas o poeta sabe o quao doloroso e torturante é para ele ouvir isso, ouvir esses sussurros longinquos e estar totalmente sozinho, sem coração e alma.

Brindemos a alma do Poeta.

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