terça-feira, 6 de dezembro de 2011

 Às vezes sou invisível... Insensível... Sei que muito pode acontecer a minha vida, mas para que se preocupar? Esta noite vi meu Fantasma... Naquela mesma ilha, onde a água é sempre parada e onde a grama está sempre verde, as flores belas e a unica coisa sem vida ali é... eu.
 Te tocar naqueles instantes e segurar sua mão é como se aos poucos eu recobrasse a minha vida ao teu lado. Céus! Por que és tão irreal? Não posso procurar por traços seus aqui! Tu és a lembrança daquele que um dia me fez realmente feliz... Jamais te verei novamente nestas terras.
 Saber que ficaremos por poucos instantes ali, e saber que 12 horas se passaram mas parecem apenas 5 minutos, me faz invejar a condição de meu fantasma... As vezes o melhor que temos a fazer, é fingir que não temos coração para não acabar com o nosso quebrado.
 "Tu podes ocultar de todos o que realmente sentes, Poeta, mas a mim não... Seus sorrisos plásticos paodem muito bem fazer o seu papel em enganar quem você desejar... Exceto a mim... Eu te conheço, Poeta, sei que tu estás afundado em lágrimas... Teu olhar distante vela muitas águas que estão por cair no mar... Prende muitas folhas secas que precisam sair das árvores... Teus olhos tão escuros tem o poder real de enganar qualquer ser que não conheça a sua alma... Mas eu te conheço, venha até os meus braços, tente não respirar, acredite no que você está vendo, sou seu Fantasma... Vou te confortar."
 Abro os meus olhos, e estou sozinho na minha torre, o calor daquele abraço ainda estava no meu corpo, o cheiro do mar com as camomilas plantadas no jardim estavam transcendendo minha alma vai desaparecendo lentamente. Quero ficar com meu Fantasma, ali estou bem, estou em paz... Por favor, deixe-me ficar aqui!

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