domingo, 4 de dezembro de 2011

 As paredes parecem ruir em cima do Poeta... Ele não ama, ele não sente absolutamente nada... ele é frio... tem seu braço dormente e sua mente desligada. Ele emudece, fica ali parado olhando para o nada por horas, por dias... Ele apenas sente o vazio... Não adianta ele tentar mudar, ele sempre será um poeta podre, e a única coisa que ele sabe fazer é escrever seus lamentos.
 Deixaste de viver para si mesmo, deixastes de lado suas vontades, seus sonhos e desejos para se dedicar a sua familia, a seus amigos e a quem mais ele pensasse estar agradando... isso só lhe trouxe a ruina... hoje o poeta não sabe o que é viver para si, sabe apenas o que é viver por medo de desagradar a alguem... Quisera eu festejar como todos, ouvir o que todos ouvem, ser o que todos são... Mas não, tenho que viver nessa casca, fingir que posso ser feliz comigo mesmo, quando nem eu sei quem sou... Sendo o palhaço que sorri o espetáculo, e no bis canta a mesma canção triste, sua maquiagem apenas oculta o nó que sente em sua garganta, o olhar marejado que existe em sua face e um eterno garoto quebrado por dentro... Onde me resgatar? Em que abraços? Meus poemas não me refugiam mais... minhas musicas não acordam o ser dentro de mim... olhar o sol nascer não aquece o frio que há no espaço onde havia meu coração... Meu coração não está mais nesta ilha; ilha tão timida, mas ao mesmo tempo forte e quente... talvez o silencio... talvez o farol... talvez sua força... Tudo, talvez tudo estivesse errado... Quero agora fugir desse farol, mas como sair sem ao menos o conhecer ao certo? Céus! Grande agonia! Silencioso é o poeta que jaz semi morto e cansado... O poeta volta a sangrar.
 Dói ao Poeta ver como as pessoas podem parecer felizes, mesmo distantes, mesmo diante das dificuldades e ele que tem tudo, não consegue absolutamente nada... Sinos badalam, e o piano toca sua triste sinfonia.. Olhos cheios de lágrimas, ninguem parece se importar... O Poeta se esconde dentro de sua carapaça podre, onde sorrisos forçados fazem a sua aprte em aparentar a contextualização de um ser feliz, radiante de tamanha felicidade e extase... Mentiras que são contadas diariamente, o Poeta engana as pessoas para que elas não se aflijam, como se elas ja se afligissem por algo da parte dele... Poeta podre! Inutil! Ages como tolo escrevendo poemas funestos e tristes! Mas é tudo o que eu consigo fazer... nesse momento em que nada mais me resta a ser feito... a não ser sofrer... Sofrer a ausencia do meu Fantasma. Sofrer a falta do amor da parte de quem deveria demonstrar tal. Sofrer a falta do meu coração.

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