domingo, 4 de dezembro de 2011

 Para todo o sempre estarei condenado a ser aquele que sangra tinta e tem a pele pintada por meus tristes poemas. As palavras tecem uma teia cheia de conexões com o eu interior de um ser triste, sem coração e alma. A sensação é de subir as escadas para o meu quarto escuro, e nao haver o ultimo degrau, e você cair sempre, sem fim...
 Neste jogo de sombras e de sentimentos, não há ganhador, apenas peões que se movem e nada é decidido. Labirintos e casa de espelhos distorcem a mente e confundem, sem ao menos sabermos qual o sentido de cada decisão da vida de um poeta podre. Quero apenas sorrir de verdade de novo, ter um motivo para isso, ser vivo. Estou cansado desse cuidado extremo, de parecer ser a pior pessoa mesmo quando você se esforça para ser o melhor, aos olhos da sua genealogia tu és apenas podridão... perdido.
 Torturas fazem parte da vida deste poeta, morte e dor jazerão nos dizeres de meu tumulo...Todos os caminhos levam para o mesmo fim... deixem as minhas carnes serem celebradas e partilhadas pelas aves. Deixe-me sentir a dor de ser estripado e perfurado pelo bico dos corvos. Jamais senti tamanha dor e tamanho prazer.
 Sei que essas palavras serão jogadas ao vento como plumas, uma voz que grita desesperadamente no deserto, como os dentes-de-leão que uma criança assopra e rumam sem destino... Formas desconhecidas surgindo das sombras... O que sou eu? O que sou eu? A falta de meu coração me faz menor do que os demais? E se eu não quiser ser como os demais? Céus e Infernos, por quê eu? Onde estará meu farol?
 Perguntas infindáveis, das quais sei que jamais terei as respostas... A maldição da Adrenalina Escura me prende... Jamais serei o mesmo...

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