sábado, 14 de janeiro de 2012

Se estende sobre minha cabeça o véu negro da noite. Mais do que nunca penso em meu Forasteiro, tenho agora sua marca bem dolorida em minha pele. As palavras para ele ardem como chamas. Estou estendido sobre meu altar, com o sangue escorrendo pelos meu dedos, sim, cada gota cai no chão e me dói. Cada sorriso falso que lancei nos ultimos meses me doem e quase me cegam diante da falta que você me faz.
 Tenho a vontade de invadir o que jamais deve ser invadido, é uma divisão dentro de mim mesmo. Jamais quero passar por isso novamente: amar-te e ao mesmo tempo odiar-te, esse ultimo está sendo impossivel para mim, sou tolo, conforme sangro, novas partes a respeito de ti são rasgadas na minha pele, e eu quero demais que isso cesse, no entanto, endureceste vosso coração para com minha pessoa.
 Estou acorrentado, sim, correntes em meus braços: a dor e a agonia de não ser teu me puxam e a alegria de viver sem ti competem nesse jogo de força. Doloroso e andar pelas mesmas ruas que andamos, e dia após dia lembrar a promessa que jamais foi cumprida: "Isso significa que gostei de ti e que voltarei" Promessa que jamais será paga e que jamais deleitarei novamente. Dizes tanto que me quer bem, mas se o bem que eu desejo não me deseja? Prefiria nesse momento morrer a sentir a dor que sinto.
 As minhas feridas em forma de letras estão inflamadas, choro de joelhos na chuva por um retorno, me sacrifico para te deixar de lado, no entanto, quanto mais isso eu faço, maior fica a inflamação, atingindo meus ossos e causando uma dor infinita. Meus sorrisos vazios para o mundo exterior, mas estou infinitamente quebrado por dentro. O silencio se tornou meu amigo, minhas lagrimas viraram meu refugio e meus poemas transformaram-se na mais amarga das emoções que um homem pode viver. Já não sinto meu ser viver, apenas rastejar pelos cantos contando os dias em que sua sentença será aplicada.

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