domingo, 29 de janeiro de 2012

Queria poder dizer que tudo passou, e nada de ti em mim restou, mas estaria sendo mentiroso e caindo em um placebo do sempre estive, pensando sentir algo de novo. Mas não, a cada dia a marca de saudades de ti fica cada vez mais forte em mim, para tudo tem que haver um fim.
 Me pego envolto do desespero, e clamando por desapego. Não penso e outra coisa, não respiro mais nada e estou afundado nas minhas lamurias. queria enterrar tudo isso na mais densa floresta, onde os passaros cantam para o sol que está nascendo... Mate-me, suprima todas as lembranças que tivemos, e que compartilhamos, ou que apenas eu compartilho comigo mesmo nesse momento. Faça as minhas algemas me sufcarem e arranarem-me a vida que flui pelo meu corpo desenhado e rabiscado com essas palavras, não se demore em fazer isso, venha logo, bata sobre mim com sua lamina curva e leve-me nos seus braços finos e sua capa escura, deixe-me ver seu rosto e não temer, anjo negro, deixe-me beijar-te, sentir o gosto podre que sai de sua boca e me enebriar da dor que já levou o meu Fantasma para o seu ventre. Deixe meu corpo fluir pelo rio frio que guia pela agonia eternal daqueles que ficaram.
 A dor é tão grande que pensar em outras coisas fica dificil demais, ainda mais para um poeta, que está morrendo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário